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Entretenimento Cultural. Por Constança Carvalho

Atualizado: 16 de abr.


Para essa minha primeira coluna em entretenimento cultural escolhi trazer minha percepção sobre o filme Flow vencedor de alguns prêmios no ano de 2024, entre eles de melhor Filme de Animação da Academia do Oscar. Filme do diretor Gints Zilbalodis, da Lituânia

A história é muito bela, harmônica e de grande sensibilidade sobre um gato preto que tenta sobreviver a uma inundação na floresta - nada mais atual- e se une a outros quatro animais - um cachorro, uma garça, uma capivara e um lêmure. No primeiro momento fiz uma associação com o conto dos Músicos de Bremen dosIrmãos Grimm

No entanto, o diretor preferiu tratar os animais como animais, com as características que os humanos têm deles:cachorro brincalhão, gato sagaz e com medo de água, garça orgulhosa... Eles não usam a fala humana, apenas se movimentam e, às vezes, emitem os sons dos animais reaispara se comunicarem

O filme é uma reflexão sobre a união (os animais se unem para sobreviver à catástrofe da inundação), a solidariedade(criam uma conexão entre os animais), a resiliência (desapegos a objetos, lugares) e a importância de se adaptar a um mundo em declínio (sair da zona de conforto). 

Há um ar de mistério em toda a história e assim permanece até o fim (o que vai acontecer?), e é engrandecido pela presença de elementos fantasiosos que o grupo de animais acompanha na sua inesperada jornada. Há uma percepção sugerida que nesse mundo houve gente, humanos que deixaram para trás objetos, adornosmonumentos e edificações que geram fascínio tanto no gato quanto nos outros quatro animais, sendo que o foco (acâmara) sempre está no animal principal – o Gato preto de olhos verdes - enquanto ele sobrevive à água e aos perigos que ela traz, se unindo aos outros animais. Resta a eles permanecerem juntos para sobreviver aos encontros com tempestades, desmoronamentos e às grandes criaturas marinhas que invadem terra firme.

O filme me transmitiu mais fascínio e divertimento do que apreensão pela sobrevivência dos animais. Não fiquei chorosa ou angustiada, um pouco apreensiva mas curiosa pela solução que aqueles animais iriam tomar para o desfecho da história.

Trouxe-me reflexão sobre como maltratamos a natureza, o valor dado a situação de sair da zona de conforto e saber contar com o outro para sobreviver. O filme não fala em construir um mundo melhor mas eu tive esse sentimento mais do que sobreviver, construir um mundo melhor para todos

Recomendo essa diversão cultural!


Constança Carvalho

Embaixadora de Turismo do Rio de Janeiro

Vice-Presidente de Ralações Públicas

Diretora BiLi Eventos e Projetos

Rio, 12 de abril de 2025


55 21 994764717 

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